segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O dia em que eu resolvi cortar franja depois dos 17 anos

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Desde pequenininha eu sempre tive franja. Sofri desse mal na adolescência (quando antes de ir pra escola tinha que puxar os fios com o secador TODOS OS DIAS, e ainda assim ficava uma bosta), e até entrar na faculdade (quando usava só uma merreca de cabelo puxada de lado, que me deixava com cara de menininha).

Que gracinha, né?

Por que eu insisti tanto nesse corte? NÃO SEI.

Pensando hoje, só consigo me lembrar de como era difícil deixar a franja crescer e então eu acabava me deixando levar pela tesoura.

Até que um dia eu me rebelei contra esse sistema e deixei meu cabelo crescer. PRA SEMPRE. Demorava meses e meses pra cortar, deixei ele chegar até o bumbum, e adorava essa sensação de que “meu cabelo é grande e bonito naturalmente e eu tenho preguiça pra ficar arrumando toda hora então assim tá bom”.

Cabelão *-*

Aí dia desses olhei no espelho e BAM! tava horrível D:

Eu não gostava mais do meu cabelão sem corte.

Apelei pelo Google: “cortes de cabelo para usar com óculos”. E vi vários penteados com franjinha. Me encolhi na cadeira. Lembre dos dias de chuva em que a franja molhava. Ou quando tudo o que você queria era acordar e sair de casa, mas tinha que ficar arrumando o cabelo. Ou quando ela ficava muito curta e a sobrancelha aparecia. Ó CEUS! E AGORA?

E agora que existe, nesse nosso lindo 2013, uma coisa chamada escova progressiva.

Depois de muito debater com amigas, mãe, irmã, namorado, gente no ônibus, na fila do metrô e em tudo quanto é canto, decidi cortar.

Não só decidi como fiquei insuportavelmente ansiosa.

Mesmo doente, fui ao cabeleireiro e fiquei POR 4 HORAS sentada, sem meus óculos, sem enxergar o que se passava ao meu redor, com fome, com medo, com raiva da mulher que puxava o meu cabelo e doía pra caralho.

Enfim, eu vi o resultado. E amei <3

Agora eu acordo de manhã, dou uma mexidinha na franja com o dedo e posso sair de casa saltitante, sorridente e pronta pra pegar o ônibus lotado\o/