terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

M.

Acabo de chegar em casa e ver a minha irmã adormecida ao lado de velhos álbuns de fotografia.
Penso no passado, no fácil. Vejo como o mundo me sorria, feito domador de circo, dando comida e presentes e logo depois me sangrando às chicotadas.
Penso nela. No que ela pensava enquanto via aquelas fotos.
Olho pra ela e tento mergulhar em seus sonhos. O que será que sonha?
Mas não vejo nada. Só ela. E o mundo que lhe sorri, esperando o momento certo para abocanhar.
Penso nela. Em como vai reagir quando tiver que acompanhar os passos da música. Se vai finalizar a dança.
Penso nela.